quarta-feira, 30 de junho de 2010

Ainda o universitário Anchieta

E Anchieta, o futuro missionário do Brasil, foi como dissemos, um estudante privilegiado da Universidade de Coimbra.

O horário de estudo era muito severo: levantava-se às 4h da manhã, tinha logo um estudo de repetição das aulas pretendente, assistiam à missa cotidiana, depois o desjejum e, após novo estudo, duas aulas com repetição ou disputa (diálogo entre alunos sobre dificuldades da matéria) presidida pelo professor e, a seguir, o almoço em silêncio, durante o qual se lia um trecho da Bíblia e de outros livros da história e erudição um trecho da Bíblia e de outros livros da história e erudição daquele tempo; depois do recreio de uma hora, novo estudo e duas aulas com repetição ou disputa, como de manhã; após o jantar novo recreio e, depois, davam conta ao professor do que tinham aprendido aquele dia; seguia-se a oração de noite e o deitar pelas 9h da noite; a alguns ainda se concedia um estudo extraordinário antes do repouso.

O professor principal de Anchieta foi o grande humanista Diogo de Teive, historiador, poeta, teatrólogo, mineralogista.
Tinha o costume, depois da missa de domingo ou dia santo, de sair com alguns alunos a cantar e analisar pedras recolhidas nas margens do rio Mondego. Essas qualidades do professor se manifestam claríssimas no futuro missionário do Brasil, e elevarão a cultura do novo mundo desde seu primeiro século de descoberta. Mas a vida do estudante de Coimbra foi um mar de rosas ou, como a te todos os universitários, teve seus momentos duros, risco e angústias? É o que vamos procurar descobrir no próximo artigo.

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